Carnaval agitado

Dia 16 de fevereiro, terça-feira de um Carnaval q prometi me divertir, saindo e indo à blocos, e até agora nada. Eu havia ligado para a Shay e combinado com minha "prirmã", Mari. A ideia era chegar em Marechal, onde haveria o bloco "Pinto na Perereca" (kkkkkkkkkkkkkkkkkk) e em seguida partir para Ipanema, para assistir a tão famosa Banda. Situação favorável, trem circulando o dia todo no Carnaval, foi o q vimos na televisão e ouvimos no rádio.

Meteorologia: - Pancadas de chuva à tarde, bla bla blá... - Levo ou não levo o guarda chuva? Ah, vou levar! Mas porra, levar guarda-chuva com um sol desses lá fora? Ok, levo mochila, assim não tenho q ficar segurando o guarda-chuva lá.. kkkk Coloco o jornalzinho com o guia dos blocos, assim sabemos os outros q irão ter.

Decido sair todo de verde.. do joelho aos cabelos. Tô pronto. Mari também. Prometi ligar pra Shay antes de sair. - Vou ligar no caminho, Mari pega o celular! (o dela é de pós-pago, e o meu - pré - tá sem créditos) - Quando chegamos no portão, ouço minha madrinha gritando: - Bruno, telefone pra vc!! - Era a Shay. Volto pra atender, Mari deixa o celular na mesa, pois já falamos com Shay. Ela coloca os documentos e a bolsa de dinheiro na minha mochila. Compramos duas integrações trem-metrô. Pegamos o trem. A mãe da Shay liga pra perguntar se já estamos chegando e pra falar que a filha foi picada por um inseto - aparentemente um marimbondo. (Seria um sinal pra ela não ir???) Combinamos d ela esperar a gente na estação de Marechal - já tínhamos decidido ir direto pra Ipanema, sem parada em Pinto na Perereca antes.. rsrs. - Shay, fica olhando pro primeiro vagão!!! - Chegamos em Marechal, lá estava ela (- Mari, senta aí, pq eu já a vi! - Shay, aqui!). Ela, muito lerda pra entrar no trem (kkkk), quando entra dá de cara com um "Mr. Green" (com Bermuda, camiseta, cabelo e piercing verdes, sem falar nos detalhes e na gravata verde-brilhante q eu tinha deixado na mochila pra não chamar atenção - mais do q eu já estava chamando, ouvindo comentários como "- Me amarrei no cabelo hein, cara!" e "-Cabelo legal, hein!" (kkk). Já a Mari e a Shay, com apenas um detalhezinho d Carnaval (tenho q pagar mico sozinho, né? ¬¬'). Shay se senta e coloca seus documentos e o celular da sua mãe na minha mochila. Peço um gelo para a picada d Shay, e o cara quebra um gelo "gigante" para tirar um pedaço. No trem, poucas pessoas aparentemente fantasiadas, a não ser por uma "alegoria" em forma de pessoa no vagão ao lado. Diferente do metrô, onde havia uma multidão deixando bem claro q eles iam pra Ipanema, quase um "Bloco do Metrô".. kkkkk Shay não havia comprado integração, e teve q comprar o bilhete do metrô antes.

Já tínhamos falado com a Aline, pra nos encontrarmos lá na Praça General Osório. Chegamos, encontramos pessoas fantasiadas do q vc mais e menos esperar, como OB (! kkkkk), marmanjos de fralda, múmia e etc etc etc... Encontramos com Aline. Sentados, seus amigos Juliana, Elvis e rai.. Ray.. enfim, cara-de-cu! (Foi isso q ela nos mostrou desde o início até o fim daquele dia, sua imensa e irritante cara-de-cu).

- Vamos seguir o bloco? - Sim, mas onde está ele? - A Banda de Ipanema tá parecendo mais o "Concentra mas não sai"! kkk - Previsto pra sair às 16hs, era mais de 17h e nada. Demos uma volta, fomos à praia, Mari, Shay, Aline e eu... o mar estava ótimo, diferente da última vez q Aline e eu tínhamos ido. Aline volta para fazer companhia a seus amigos, e Mari, Shay e eu andamos pela orla, enquanto o bloco Os Mariocas, q tinha saído da Lapa às 15hs passa ao nosso lado. E a Banda de Ipanema? Nada. Do bloco da Maroca, digo Os Mariocas, conhecemos dois gaúchos hilários.. kkk
Saímos de lá e voltamos à Praça General Osório. Cadê a banda? Tudo q vemos é a praça cheia e um rádio tocando É o Tchan! kkk Fomos de um lado pro outro, pedindo informações e nada. Minha madrinha, a mãe da Mari, já estava ligando pra saber que horas iríamos voltar. Ok, vamos voltar, nada de banda. Afinal, eu tava responsável por uma garota de 14 anos.. e outra de 22! haha - Tá, mas e a Aline? Liga pra ela, Bruno! - Ela estava no Mc Donald's.. - Certo, mas qual? Havia vários por ali. Vamos pra esquerda. Lá estava a múmia com seu machado (?) e um cara fantasiado de cinegrafista seguindo-a (ou o). E continuávamos caminhando em direção a.. aonde? Nós nem sabemos pra onde estávamos indo. - Onde fica o Mc Donald's mais próximo? - perguntamos. - Fica naquela direção. - Nos mostraram mais à frente. Até Cacau Show nós encontramos, e Mc Donald's nada. "Legal, se bobear a gente acha a banda de Ipanema, antes de acharmos a Aline!", dissemos. De repente, nos deparamos com uma multidão e um carro com uma faixa onde estava escrito "46ª Banda de Ipanema". Não acredito! Achamos a banda! E a Aline? - Alô, Aline. A gente achou a banda! Onde estamos? Na rua tal (nem lembro o nome) - Nossa, vcs foram pro outro lado!!! Fiquem ae que eu chego daqui a pouco. Ok, vamos curtir um pouco.

A multidão era grande, então passamos nós 3 de mão dadas. Não quero perder nenhuma das duas aqui. Eu sei voltar, mas e elas? Vários casais a nossa volta. Homens e mulheres, mulheres e mulheres, homens e homens... Vimos toda a diversidade de Ipanema no Carnaval. A Banda passando ao nosso lado.. - Então, vamos atrás dela? - E lá vai a multidão... Ok, ali tem um espacinho, vamos lá.. Tava muito cheio, a única coisa em que eu pensava era em segurar a mão da Mari e da Shay, não pensei em MAIS NADA. Mas devia ter pensado. Nossa diversão não durou nem dois minutos. Acabou quando um cara disse "Sua mochila tá aberta". Pensei "Bom, deve ser a parte detrás, se caiu alguma coisa, só perdi o guarda-chuva e o jornal com o guia dos blocos." Não. Foi bem pior. A parte da frente, onde estava tudo das meninas, é q tava aberta. Na hora o único pensamento foi "Abriram e pegaram tudo". Realmente, só podem ter feito isso, pois o que sumiu foi, primeiramente, as bolsas de dinheiro (a da Mari e a da Shay). Depois, devem ter caído da mochila os documentos da Shay (identidade, CPF e título de eleitor - Shay ia votar lá? Pra q levar isso tudo? E original! ¬¬'). Sentimos falta tbm da piranha da Shay (a de cabelo! kkk), e de um pacote de biscoito q tava na mochila. A xerox da identidade da Mari q estava na mochila continuava lá. Mais um pacote de biscoito, e o celular da mãe da Shay - Graças a Deus!! - ainda bem q a Mari tinha deixado o dela em casa tbm. Quando caminho na direção oposta ao bloco, ouço um drag queen perguntando "Quem perdeu a identidade?". Então eu pergunto de volta: "Onde está essa identidade q acharam?" -"Tá com um casal", responde ele. Ah, legal.. quantos casais ali! Pergunto a uns 3 e nada. Então, Shay, Mari e eu fizemos um "Raio-X" do chão com os olhos, perguntamos pra garis, guardas, fomos em carros de policiais e nada de encontrarmos os documentos da Shay. Bolsa de dinheiro nós sabíamos q não íamos encontrar, né? Então, concentra nos documentos. Mas nada. Aline me liga "- Bruno, onde vc tá". - "Aline, me encontra em tal lugar" (não lembro o nome, mas era uma lanchonete). No caminho, encontramos mais carros de guarda, e outros documentos perdidos, e nada dos documentos dela. Plásticos, e mais plásticos (protetores de identidade) ... e nada da identidade dela. O guarda aconselhou q nós fôssemos atrás do carro do bloco, trio elétrico, entendam como quiser.. rs. Encontramos Aline e seus amigos na lanchonete. Shay estava desesperada, Mari agoniada e eu pensando no que iria fazer. Aline consolava Shay enquanto os amigos dela pulavam com a multidão (fdps!!!!!!!! _|_) A mãe da Mari ligou de novo e eu disse q já estávamos voltando. Caminhamos em direção à estação de Metrô. Nós nos despedimos de Aline e olhamos uma última vez para aquelas "caras-de-cu" dos amigos dela. Fomos atrás do carro e o motorista não queria parar. (¬¬) Lá de cima, uma mulher disse q tinham muitas identidades lá, e nos mostrou todas. nenhuma era a da Shay. Ela aconselhou a esperarmos mais um pouco (Nada disso! Temos q voltar pra casa!) ou entrar em site tal depois d passado o carnaval.

- Vamos logo embora! Não aguento mais ficar aqui! - Fomos até a entrada da estação, mas estava fechada. - Só pelo outro lado! - disse o segurança. Ok, vamos lá. - OMG, q filas!!!!!!! Fica um em cada fila, assim a gente vai na q for mais rápido. A de Shay venceu. A mulher nos vende 3 integrações trem-metrô e avisa q os trens do ramal Sta Cruz estavam circulando de hora em hora. "Ok, ficaremos plantados na estação, mas voltaremos tranquilos para casa". Esperamos um pouco pelo metrô e vemos (digo, elas vêem) um cara suspeito ao nosso lado. Vamos dirfarçadamente para o outro lado. O metrô chega. Entramos no vagão, quando um sujeito com cara de gringo tá puxando uma criança para o lado de fora. (Rapto??!?) Ficamos assustados. Segurei logo as duas, pensando "Elas vc não vai levar!!!!". A mãe do garoto sai do vagão batendo (e muito) no cara q tá segurando seu filho. Ela chama os guardas e volta pra buscar seus outros filhos q tavam no metrô tbm. As portas se fecham. Lá fora, vemos o cara sendo segurado pelos guardas. Quando perguntamos o q afinal aconteceu, uma garota nos diz q o garoto pegou a carteira do cara no chão e foi devolver para ele. Mas ele pensou q a criança tivesse roubando e começou a puxá-la para fora. Clima tenso no metrô. E ainda temos q aturar o pessoal fazendo bagunça e desafinando numa tentativa de cantar alguma coisa. Vagão lotado. Quase vinte minutos depois. "Próxima estação: Central do Brasil. Desembarque pelo lado esquerdo. Ao desembarcar, observe o espaço entre o vagão e a plataforma. Next stop: Central do Brasil Station." Descemos e corremos para a estação de trem, pois tínhamos ficado muito tempo na fila do metrô, não poderíamos perder o trem, já q tava passando d hora em hora. Chegando na estação, um cara parado e dizendo: - NÃO TEM MAIS TREM HOJE!!! - PQP!!!! E agora? Ok, vamos de ônibus.. iria demorar muito. Vamos pra Realengo, mas e a Shay? Como ela vai pra Marechal? Liguei pra minha mãe e ela sugeriu q fôssemos pra nossa e de lá ela voltava pra casa dela, ou então dormia lá e voltava no dia seguinte. Mari sugeriu q ela ficasse na casa dela. Ok, vamos embora. Quais as opções? 1) Pegar o 392 e descermos mais perto de casa (a melhor opção - pois andaríamos apenas dois minutos até chegarmos em casa); 2) Pegar o 370, e descer um pouco mais longe, num lugar escuro, andando uns 7 minutos do ponto até chegarmos em casa; 3) Pegar o 393 e descermos ainda mais longe, andando uns 10 minutos, mas teríamos q atravessar o viaduto, e na escuridão q devia estar, não era a melhor opção, a não ser q pegássemos um táxi do ponto até a nossa casa.

Graças a Deus, menos d 5 minutos depois, passou um 392. A melhor opção, desceríamos perto e sem problemas. Nada mais iria acontecer. Liguel pra mãe da Mari para avisar q pegamos o 392. Ao nosso lado, no Sambódromo, o desfile do Grupo de Acesso B das Escolas de Samba. Noite iluminada. Av.Brasil com trânsito ótimo. Voltaríamos sossegados. Aquelas 3 passagens d trem vendidas pra gente na integração seriam usados outro dia. Mais ou menos meia-hora depois, o tempo fecha. Raios no céu. Um raio muito próximo. E continua trovejando. Quando chegamos no viaduto de Deodoro, o ônibus para. - O que aconteceu? - Instantes depois, ouvimos um carro freiando. Era um táxi, q parou de repente ao lado do ônibus q estávamos. Dele, saiu um cara suspeito, levantando com atitude de que iria fazer alguma coisa (pegar uma arma talvez?) Entramos em desespero de novo. Depois de uma discussão, o cara entra no táxi e avança em alta velocidade. Seria um carro roubado??? Ele já foi, isso não nos interessa agora. Minutos depois, chegamos em casa. Shay ligou pra casa pra avisar q chegou bem. Matar a sede, tomar um banho e comer alguma coisa, era tudo q queríamos agora. Shay tava tão nervosa q nem quis comer nada. Hora de descansar.. Fiquei vendo TV.. No dia seguinte, tudo tranquilo, todos mais calmos. Levei a Shay até a estação e tentei usar a passagem d trem q a fdp da mulher do metrô tinha vendido pra gente. "Cartão Expirado", indicava a máquina na roleta. Tentei reclamar, mas não adiantava nada, teríamos q ir até a estação de metrô para resolver isso. (Depois eu entreguei os cartões para minha madrinha, quando ela fosse na Central ela resolveria isso). Compro a passagem da Shay e lhe recomendo, pegue o parador, pq senão vc passa direto. Nós nos despedimos e logo q ela desce, passa um trem. Descendo o viaduto, ainda a vejo entrando no vagão. Cheguei em casa, tomei um banho e dei mais um tempinho para ligar para ela, pra saber se ela tinha chegado bem. A mãe dela diz q ela havia acabado d chegar, e então Shay me diz q pegou um "trem parador q foi direto d Deodoro pra Madureira".. Ai, Meu Deus.. ela pegou um direto e desceu em Madureira... kkk .. Mas pelo menos ela tava em casa.. Os cartões? Estão com minha madrinha até hoje...